sexta-feira, 29 de julho de 2011

O Diretor Presidente das Famaths com o Presidente da ABRAFI, no encontro ocorrido em Aracajú.

Embarcação multiusuários/ barco oceanográfico

Em junho de 2012, a comunidade científica do Estado de São Paulo deverá ter à disposição o primeiro barco oceanográfico inteiramente construído no Brasil. A construção da embarcação já foi iniciada e será celebrada em uma cerimônia de “batimento de quilha” no dia 12 de agosto, no estaleiro Inace, em Fortaleza (CE).
O barco, cujo nome ainda não foi escolhido, faz parte de um projeto de incremento da capacidade de pesquisa submetido à FAPESP pelo Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), no âmbito do Programa Equipamentos Multiusuários (EMU).
O projeto também inclui a aquisição do navio oceanográfico Alpha Crucis, programado para chegar ao Brasil no fim de dezembeo, para substituir o navio Professor W. Besnard, que está sem condições operacionais de pesquisa desde que sofreu um incêndio, em 2008.
De acordo com o coordenador do projeto EMU, Rolf Roland Weber, professor do Departamento de Oceanografia do IO-USP, o novo barco oceanográfico terá 25 metros de comprimento e poderá transportar 20 alunos e dois professores, além da tripulação. A autonomia é de 10 a 15 dias, dependendo do número de pessoas embarcadas e do nível de consumo de água.
“Com essa capacidade de pessoal, poderemos dar conta de toda a demanda dos estudantes. O barco poderá operar em toda a faixa de 200 milhas marítimas da fronteira litorânea. Isso permitirá estudos em toda a plataforma continental de São Paulo, incluindo a área do pré-sal. Somando-se ao navio oceanográfico, teremos um conjunto de instrumentos que poderá levar a capacidade de pesquisa na área a um novo patamar”, disse Weber à Agência FAPESP.
Segundo Weber, o custo total do barco será de R$ 4 milhões. O programa EMU destinará R$ 3,2 milhões e o restante – correspondendo aos motores e uma série de equipamentos científicos – será financiado com recursos do próprio IO-USP. A previsão é que o barco seja entregue em junho de 2012.
“Inicialmente se cogitou a aquisição e reforma de um barco usado, como fizemos com o navio oceanográfico. Mas não havia barcos pequenos em bom estado à venda e optamos por construí-lo aqui. Será o primeiro barco oceanográfico construído no país. Trata-se de uma iniciativa importante, por desenvolver a tecnologia nacional”, disse.
Com exceção da parte eletrônica, a maior parte dos equipamentos – como guinchos e reversores – é nacional. “Isso contorna o problema que tínhamos com o navio oceanográfico antigo: tudo era importado e fora de linha. Uma troca de motor gerava um problema desesperador”, explicou.
“Ele será uma plataforma de trabalho intermediária entre um navio oceanográfico e um barco pequeno. O que temos hoje são barcos de pesca de madeira, adaptados. No caso do novo barco, não haverá adaptações. Ele está sendo construído especificamente para fins de pesquisa. Isso é interessante porque sabemos que qualquer modificação posterior se torna muito cara e complexa, devido ao espaço reduzido nesse tipo de embarcação”, afirmou.
Weber afirma que o barco tem operação simples e de baixo custo, em relação ao navio oceanográfico. Os gastos de operação do barco deverão ficar em torno de US$ 4 mil a US$ 5 mil por dia, enquanto o custo diário do Alpha Crucis deverá variar entre US$ 15 mil e US$ 16 mil.
“Como faz parte do programa EMU, o barco poderá ser solicitado para pesquisas de qualquer universidade, inclusive as privadas. Mas o regulamento estabelece prioridade para certos casos, como os projetos financiados pela FAPESP e o uso por pesquisadores do IO-USP. Em seguida, têm preferência os projetos das outras duas universidades estaduais paulistas”, disse Weber.
Segundo ele, o barco deverá oferecer uma nova perspectiva até mesmo para os estudantes de graduação. “Algumas turmas, nos últimos anos, acabaram se formando sem jamais embarcar no Professor Besnard. Estávamos alugando barcos, mas a desvantagem é muito grande, porque o custo é alto e a embarcação nunca é do jeito que queremos. Além disso, ficamos sujeitos a comandantes que não têm formação oceanográfica”, disse.
Ancorado em Santos
O uso de barcos da Marinha também limita as pesquisas, segundo Weber, porque o programa de cada viagem precisa ser definido previamente e não permite mudanças. “Isso é limitante, pois naturalmente novas necessidades científicas aparecem durante as viagens”, disse Weber.
Embora o IO-USP tenha bases de pesquisa em Ubatuba (SP) e em Cananeia (SP), o barco deverá ficar ancorado em Santos (SP), por uma decisão logística. Quatro tripulantes deverão ser contratados.
“Com calado de 2,70 metros, o barco provavelmente terá dificuldades para entrar na barra de Cananeia, a não ser que tenhamos um mestre excepcionalmente talentoso. Em Ubatuba, podemos ancorá-lo temporariamente em um cais do Instituto de Pesca, mas não podemos deixá-lo lá por muito tempo”, explicou.
Santos também deverá ser o destino do Professor Besnard, segundo Weber, onde será transformado em um museu. O plano é que o velho navio seja colocado em uma nova área do cais do terminal marítimo de passageiros, que está sendo revitalizada.
“Esperamos que a Prefeitura de Santos assuma o professor Besnard e faça dele um museu. A USP oferecerá um curso de museologia para o treinamento de monitores, mas caberá à Prefeitura manter a embarcação”, disse Weber.
Segurança e conforto
Escolhido para o serviço, o estaleiro Inace existe desde 1974 e, nas duas décadas seguintes, especializou-se na construção de embarcações militares para a Marinha brasileira e para países africanos.
De acordo com o engenheiro naval Arthur Doering, gerente de contratos da Inace, a empresa atua em três linhas distintas: navios militares, iates de luxo e o segmento offshore (embarcações de apoio para a indústria do petróleo).
“Pelo fato de trabalharmos em três áreas distintas, com navios de especificidades variadas, tivemos a flexibilidade suficiente para assumir o projeto do barco oceanográfico. A construção de uma embarcação voltada para pesquisa é um desafio muito interessante”, destacou.
Segundo ele, a construção de um barco de pesquisa envolve a necessidade de cuidados especiais com as áreas de laboratórios – que irão abrigar instrumentos científicos delicados – e com todos os aspectos de habitabilidade.
“O barco receberá um conjunto de estudantes e pesquisadores com necessidades de pesquisa. Precisamos garantir que eles possam ser recebidos com segurança e conforto. É um grande prazer trabalhar para um projeto que ajudará a fortalecer a pesquisa oceanográfica na costa brasileira”, afirmou Doering.

Notícia retirada do site: http://agencia.fapesp.br/14252

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Evento Shopping Boulevard

Estamos no Shopping Boulevard, no 1º piso, com inscrições abertas para o Vestibular 2011/2.
Estaremos do dia 16/07 ao dia 31/07 aguardando por você!
Não perca tempo, faça já a sua inscrição e venha estudar conosco!!!!

Faculdade Maria Thereza
Junto com Você, realizando sonhos!

Nova Lua!!!

Utilizando o telescópio espacial Hubble, da Nasa, a agência espacial norte-americana, um grupo de astrônomos descobriu uma quarta lua na órbita de Plutão. O pequeno satélite, provisoriamente denominado P4, foi observado em uma inspeção do Hubble em busca de anéis em torno do planeta anão.
A nova lua é a menor já descoberta na órbita de Plutão. Estima-se que seu diâmetro tenha entre 13 e 34 quilômetros. A maior lua de Plutão, Caronte, tem pouco mais de mil quilômetros de diâmetro. As outras luas, Nix e Hydra, têm diâmetros que vão de 32 a 113 quilômetros.
“É notável q ue as câmeras do Hubble nos tenham permitido observar um objeto tão pequeno, tão claramente, a uma distância de mais de cinco bilhões de quilômetros”, disse o líder deste programa de observações do Hubble, Mark Showalter, do Instituto SETI, sediado em Mountain View, na Califórnia (Estados Unidos).
A descoberta é resultado de um trabalho de apoio à missão Novos Horizontes, da Nasa, que tem um voo através do sistema de Plutão programado para 2015. A missão foi projetada para fornecer novas informações sobre mundos no limite do Sistema Solar.
De acordo com a Nasa, o mapeamento da superfície de Plutão e a descoberta de seus satélites pelo Hubble têm sido de um valor inestimável para o planejamento da missão Novos Horizontes.
“Essa é uma descoberta fantástica”, disse o pesquisador principal da Novos Horizontes, Alan Stern, do Instituto de Pesquisa Southwest, em Boulder, no Colorado (Estados Unidos). "Agora que há outra lua no sistema de Plutão, podemos planejar observações de curta distância durante nossa missão”, afirmou.
A nova lua está localizada entre as órbitas de Nix e de Hydra, que foi descoberta pelo Hubble em 2005. Charon foi descoberta em 1978 pelo Observatório Naval, nos Estados Unidos e confirmada pela primeira vez como um corpo separado de Plutão em 1990, pelo Hubble.
Acredita-se que todo o sistema de luas de Plutão tenha se formado, durante a história do Sistema Solar, a partir de uma colisão entre o planeta-anão e outro corpo das dimensões de um planeta. O material expelido pela colisão teria formado, por coalescência, a família de satélites observada atualmente em torno de Plutão.
Rochas lunares trazidas para a Terra nas missões Apolo levaram à teoria de que a Lua foi produto de uma colisão semelhante entre a Terra e um corpo de dimensões semelhantes à de Marte, há cerca de 4,4 bilhões de anos.
Os cientistas acreditam que materiais expelidos das luas de Plutão por impactos de micrometeoritos podem ter formado anéis em torno do planeta-anão, mas as fotos do Hubble não foram capazes de detectá-los até agora.
“Essa observação surpreendente nos dá uma poderosa amostra da capacidade do Hubble, como um observatório astronômico de objetivos gerais, para fazer descobertas tão surpreendentes como inesperadas”, disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da sede da Nasa em Washington.
Mais informações e inscrições: www.nasa.gov/hubble 

Notícia retirada do site: http://agencia.fapesp.br/14224

Mapa global da depressão

O episódio depressivo maior (MDE, na sigla em inglês) é uma preocupação considerável para a saúde pública em todas as regiões do mundo e tem ligação com as condições sociais em alguns dos países avaliados.
Essa é a principal conclusão de um estudo que reuniu dados epidemiológicos provenientes de 18 países, incluindo o Brasil. Os resultados foram apresentados no artigo Epidemiologia transnacional do MDE, publicado nesta terça-feira (26/7) na revista de acesso aberto BMC Medicine.
A depressão é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas psicológicos e físicos, associada a altos índices de comorbidades médicas, incapacitação e mortalidade prematura.
Os países foram divididos em dois grupos: alta renda (Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos) e baixa e média renda (Brasil – com dados exclusivamente de São Paulo –, Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul e Ucrânia).
De acordo com o relatório, nos dez países de alta renda incluídos na pesquisa, 14,6% das pessoas, em média, já tiveram MDE. Nos 12 meses anteriores, a prevalência foi de 5,5%. Nos oito países de baixa ou média renda considerados no estudo, 11,1% da população teve episódio alguma vez na vida e 5,9% nos 12 meses anteriores. A maior prevalência nos últimos 12 meses foi registrada no Brasil, com 10,4%. A menor foi a do Japão, com 2,2%.
O trabalho faz parte da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que integra e analisa pesquisas epidemiológicas sobre abuso de substâncias e distúrbios mentais e comportamentais. O estudo é coordenado globalmente por Ronald Kessler, da Universidade de Harvard (Estados Unidos).
A pesquisa São Paulo Megacity Mental Health Survey, que gerou para o relatório os dados relativos ao Brasil, foi realizada no âmbito do Projeto Temático “Estudos epidemiológicos dos transtornos psiquiátricos na região metropolitana de São Paulo: prevalências, fatores de risco e sobrecarga social e econômica”, financiado pela FAPESP e encerrado em 2009.
Entre os autores do artigo estão Laura Helena Andrade, professora do Departamento e Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP), e Maria Carmen Viana, professora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Andrade conduziu o Temático em parceria com Viana, que teve bolsa de pós-doutorado da FAPESP entre 2008 e 2009 no Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IP-FM-USP, coordenado por Andrade.
Segundo Viana, o São Paulo Megacity Mental Health Survey é um estudo epidemiológico de base populacional que avaliou uma amostra representativa de residentes da região metropolitana de São Paulo, com 5.037 pessoas avaliadas em seus domicílios.
Todas as entrevistas foram feitas com base no mesmo instrumento diagnóstico. Atualmente, cerca de 30 países participam da Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental com pesquisas semelhantes .
“Em todos os países foi aplicada a mesma metodologia. No artigo internacional, foram incluídos exclusivamente os dados sobre depressão maior, mas a nossa pesquisa avalia diversos outros transtornos mentais, entre eles os de ansiedade – como pânico, fobias específicas, fobia social e transtorno obsessivo compulsivo – e transtornos de humor, como o transtorno bipolar, distimia e a própria depressão maior”, disse Viana à Agência FAPESP.
Também foram publicados recentemente resultados sobre transtorno bipolar, suicídio e tabagismo. “No estudo São Paulo Megacity estimamos que 44,8% da população já apresentou pelo menos uma vez na vida algum transtorno mental. Nos 12 meses anteriores à entrevista, a prevalência foi de 29,6%”, disse.
Segundo o levantamento transnacional, a depressão maior é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo. “Os dados epidemiológicos, no entanto, não estão disponíveis em muitos países, em especial os de baixa e média renda, como o Brasil. Por isso é tão importante termos esse tipo de estudo de base populacional”, afirmou Viana.
A assistência à saúde mental no Brasil, segundo Viana, deixa a desejar do ponto de vista da Saúde Pública. "Acredito que a divulgação de dados como esses devem servir de alerta e de embasamento para políticas públicas de prevenção e assistência à saúde mental. É preciso que essas políticas possam ser traçadas e implementadas levando em consideração as necessidades que identificamos na nossa população", afirmou Viana. 

Prevalência maior em mulheres
Os resultados do estudo mostraram que, nos países de alta renda, a idade média de início dos episódios de depressão maior foi de 25,7 anos, contra 24 anos nos países de baixa e média renda. Incapacitação funcional mostrou-se associada a manifestações recentes de MDE.
O estudo também revelou que a prevalência é duas vezes maior entre as mulheres em relação aos homens. Nos países de alta renda, a juventude está associada com uma prevalência mais alta de depressão nos 12 meses anteriores à entrevista. Por outro lado, em vários dos países de baixa renda, as faixas etárias mais altas mostraram ter maior probabilidade de episódios depressivos.
A condição de separação de um parceiro apresentou a correlação demográfica mais forte com o MDE nos países de alta renda. Nos países de baixa e média renda, os fatores mais importantes foram as condições de divórcio e viuvez.
O relatório recomendou que futuras pesquisas investiguem a combinação de fatores de risco demográfico que estão associados ao MDE nos países incluídos na Iniciativa Pesquisa Mundial sobre Saúde Mental.
O artigo Cross-national epidemiology of DSM-IV major depressive episode, de Ronald Kessler e outros, pode ser visto em acesso aberto na BMC Medicine em www.biomedcentral.com/bmcmed.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do Amigo


No dia de hoje, Dia do Amigo, a Faculdade Maria Thereza deseja a todos os amigos um ótimo e feliz Dia do Amigo!
Para nós, é muito importante ter a sua amizade, nos sentimos privilegiados por cada amizade conquistada e por isso não poderíamos deixar essa data passar sem dizer o quanto agradecemos por todos!

Por essas amizades que repetimos:
Junto com você realizando sonhos!